Na vida há memórias que nunca serão esquecidas, e há amores que nem a morte consegue silenciar.
Lembro de ti, mãe, muito antes da tua partida. Quando a vida ainda seguia seu curso calmo, eu já sentia, sem entender, que algo se preparava nos bastidores do destino.
Eram pressentimentos suaves, quase sussurros:
“essa será a última foto”,
“esse, o último passeio”...
Mas como crer, se teus olhos ainda brilhavam vida?
Veio o hospital, a espera, a esperança.
E entre cochilos e orações, sonhos estranhos me encontraram.
Vi uma mulher ao teu lado, vi tua alma seguindo-a, flutuando rapidamente, como quem reconhece o caminho.
Gritei para que voltasses… mas o silêncio respondeu.
Depois, num instante entre o sono e a vigília, enquanto estavas na UTI se recuperando da cirurgia, o enfermeiro dos meus sonhos disse:
"Ela morreu, mas morreu segurando a cruz."
E ali, compreendi: não era o fim, mas um recomeço.
Teu espírito seguiu em paz, sustentado pela fé que sempre te guiou.
E como se não bastasse todo o teu exemplo de fé, tua última palavra antes de entrar naquela sala de cirurgia ecoa até hoje em minha alma:
“Jesus Cristo.”
Foi com esse nome sagrado nos lábios que te despediste da vida terrena, deixando claro em quem sempre confiaste, até o último instante. Essa palavra não foi só um adeus, foi um testemunho de fé, e uma bênção derramada sobre todos nós.
Hoje, 25 anos depois, a dor ainda é grande. A cada lembrança tua, brota uma lágrima; silenciosa, inevitável, como quem ainda te espera para tomar um café.
Tu deixaste um legado muito rico para mim, não de bens, mas de fé. Olorum, os Orixás e toda a Banda de Aruanda são o meu alicerce, graças a ti. Graças à tua espiritualidade tão forte, à fé inabalável que tu carregavas e soubeste repassar para mim com tanta firmeza. Filha de Oxum e Xangô, foste o meu primeiro elo com o mundo espiritual, e ainda hoje és guia silenciosa dos meus passos e das minhas escolhas. Foi a tua Mãe Oxum que me mostrou o caminho da Umbanda, que hoje me faz feliz.
Obrigada, mãe, por tua luz, por tua presença ainda viva em mim.
Pela cruz que seguraste até o fim e que agora me guia todos os dias.
Te amo para sempre,
Ednay Melo
Lembro de ti, mãe, muito antes da tua partida. Quando a vida ainda seguia seu curso calmo, eu já sentia, sem entender, que algo se preparava nos bastidores do destino.
Eram pressentimentos suaves, quase sussurros:
“essa será a última foto”,
“esse, o último passeio”...
Mas como crer, se teus olhos ainda brilhavam vida?
Veio o hospital, a espera, a esperança.
E entre cochilos e orações, sonhos estranhos me encontraram.
Vi uma mulher ao teu lado, vi tua alma seguindo-a, flutuando rapidamente, como quem reconhece o caminho.
Gritei para que voltasses… mas o silêncio respondeu.
Depois, num instante entre o sono e a vigília, enquanto estavas na UTI se recuperando da cirurgia, o enfermeiro dos meus sonhos disse:
"Ela morreu, mas morreu segurando a cruz."
E ali, compreendi: não era o fim, mas um recomeço.
Teu espírito seguiu em paz, sustentado pela fé que sempre te guiou.
E como se não bastasse todo o teu exemplo de fé, tua última palavra antes de entrar naquela sala de cirurgia ecoa até hoje em minha alma:
“Jesus Cristo.”
Foi com esse nome sagrado nos lábios que te despediste da vida terrena, deixando claro em quem sempre confiaste, até o último instante. Essa palavra não foi só um adeus, foi um testemunho de fé, e uma bênção derramada sobre todos nós.
Hoje, 25 anos depois, a dor ainda é grande. A cada lembrança tua, brota uma lágrima; silenciosa, inevitável, como quem ainda te espera para tomar um café.
Tu deixaste um legado muito rico para mim, não de bens, mas de fé. Olorum, os Orixás e toda a Banda de Aruanda são o meu alicerce, graças a ti. Graças à tua espiritualidade tão forte, à fé inabalável que tu carregavas e soubeste repassar para mim com tanta firmeza. Filha de Oxum e Xangô, foste o meu primeiro elo com o mundo espiritual, e ainda hoje és guia silenciosa dos meus passos e das minhas escolhas. Foi a tua Mãe Oxum que me mostrou o caminho da Umbanda, que hoje me faz feliz.
Obrigada, mãe, por tua luz, por tua presença ainda viva em mim.
Pela cruz que seguraste até o fim e que agora me guia todos os dias.
Te amo para sempre,
Ednay Melo
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